sábado, 25 de julho de 2009

Poeta Alex Pereira Barbosa

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Aqui neste mesmo lugar

Parece que nada mudou
Quando o teto do castelo do malandro desabou
Parece que nada mudou
Quando o rosto enfurecido foi ferido e chorou
Parece que nada mudou
Quando o fogo que aquecia uma alma se apagou
Mudou
Quando a guerra no Iraque começou
Mudou
Vejo ao meu redor o que sobrou
Parece que nada mudou
A vitoria de um time que ninguém comemorou
Parece que nada mudou
Quando o bonde q formava a panela se rachou
Parece que nada mudou
Quando o barco q levava a luxuria naufragou
Parece que nada mudou
Quando o bicho viu o brilho da espada e se curvou
Parece que nada mudou
Quando o cara que me defendia me abandonou
Parece que nada mudou
Quando o grupo que ninguém deu ouvido se armou
Parece que nada mudou

Aqui só aqui
Parece que nada mudou
Quando o esperto cresceu o olho e só se atrasou
Parece que nada mudou
Quando a voz q representava o gueto se calou
Parece que nada mudou
Quando o fruto da minha comunidade me atacou
Foi... Qualquer coisa não vi mais
Parece que nada mudou
Na hora da verdade o valente acovardou
Mudou
Quando o chefe da quadrilha amarelou
Mudou
O verme encubado se entregou
Mudou
O samba do rockeiro atravessou
Mudou
Minha condição melhorou


Ouça:

www.myspace.com/mvbill

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