domingo, 1 de novembro de 2009

Poeta Valete

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Agora vamos apreciar uma Poesia urbana de Portugal, A Lenda VALETE

Serenata à luz da vida,
carne enfraquecida
Meu coração montou o palco para receber a minha diva
Amor em estreia,
canta para mim sereia
Espalha por mim essa mística fragância de uma estrela
Tu és mulher,
mulher de palavra e meia
Não és capaz de te escravizar por uma algibeira cheia
Não és como essas cadelas que qualquer homem prende na trela
Não precisas de mostrar o corpo, a tua alma é mais bela
Pintura sem tutela, desejada por qualquer tela
Tenho o meu coração em branco à espera da tua chancela
Ele coroa-te rainha, agora chama-me para ser rei
No meu peito ele bate veloz como Cassus Clay
Não há lei, sentimento preso já o libertei
Se tu és mulher, nenhum homem pode ser gay.
Exibes-te no interior, para ti vestuário é secundário
O teu cérebro é insaciável porque o saber é prioritário
Por ti sinto amor platónico que nem Platão imaginou
Diva, mulher que Deus amou

É um coração que traz palavras para embarcar no flow
É uma mente que fala e já sabe para onde eu vou
Amor que nasce cresce,
alma rejuvenesce
Descobri a minha vida,
mulher que Deus amou tu és.

Ouça:

www.myspace.com/valete115

1 Response to Poeta Valete

18 de fevereiro de 2011 às 04:02

É realmente um poeta exuberante dos sentidos primários. Confesso que como poeta que também sou, me atrai fortemente este género musical pois é aquele que nos apresenta uma lírica poética mais rica, ao contrário das frivolidades e futilidades de cariz anglo-saxónico, se bem que muita da terminologia empregue por estes poetas seja anglófona...

Eles não são rappers, são Poetas

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