Segue Agora uma Poesia Urbana de um mano de Moçambique que vem se Destacando cada vez na cena do Rap Mundial.
Eu nunca viro a cara à luta
Sou gigolô se a vida é prostituta
Sou como a estátua de Samora Minha postura nunca muda
Não se quebra, não se dobra, não se verga, não enferruja
E se alimenta desses escândalos de Guiana teme posa
Eu aprendi a desaprender todo esse medo que me ensinaram
Chamam-me Nelson Mandela pelo tempo que me aprisionaram
Prisão domiciliária: eles vêem, tu não lhes vês
E dão-te a razão diária pelas rádios e tv's
Eu mergulho na diferença, tu te envergonhas dela
Tu és branco, tu és preto, a minha cor é aguarela
E não me defines nos padrões do banco mundial de FMI
Eu me defino nos padrões espirituais de Gandhi
Sobe o preço de uma vida, todos sabem o seu valor
Então vejo muito a cobrá-la para usarem como penhor
Então eu vivo cada dia como se fosse o último
E tenho Á'S e VALETES na banca como trunfos
Nacionalizas o global, eu globalizo o nacional
E organizo o funeral desse mundialismo ocidental
Pessoas sob anúncios publicitários com sorrisos comerciais
Eu só vendo o meu sorriso a preço dos meus ideais
Aumentam os números racionais, então eu irracionalizo
Vocês sabem: já foi pensado; eu não penso: eu improviso
Não sigo modas, chegues modas Faço modas, queres modas
O teu cérebro é Xerox por isso só pensas em fotocopias
Azagaia eu me auto-proclamei
Países independentes, sou ditador da minha lei
As tv's eu desliguei, a rádio não sintonizei
Este é o meu 25 de Setembro, a minha luta eu comecei
Ouça:
www.myspace.com/azagaiamzcotonete
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